quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rachas entre organizadas ameaçam jogos.

Torcidas do mesmo time brigam entre si e ameaçam espetáculoLANCEPRESS!
Além de clássicos como o desta quinta-feira, entre Palmeiras e Santos, os jogos ditos "comuns" pelas autoridades estão se tornando sinônimo de guerra em São Paulo. Tudo em função dos rachas entre organizadas de um mesmo time e até dentro das próprias facções.
No início de julho, o Ministério Público (MP) promoveu a apreensão de munições de revólver, porretes e barras de ferro em uma das sedes da Mancha Alviverde. Uma tentativa de intimidação.
Porém, integrantes mais radicais da Mancha e da TUP trocaram socos após as partidas do Palmeiras contra Náutico e Figueirense, em frente ao Palestra Itália.
Os motivos são as atenções divididas entre a equipe e o samba, o crescimento da Acadêmicos da Savóia e as disputas por mulheres.
– São ideologias, alimentadas no orkut (site de relacionamentos na internet) – declarou o presidente de honra da Mancha, Paulo Serdan.
Em reunião no Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), há 15 dias, a Mancha trocou camisas com a Independente, em sinal de paz.
A TUP viu a atitude como uma afronta e houve provocações. À tarde, as torcidas selaram um acordo, com a intervenção da Polícia Civil.
– Não tem mais treta. Chega de envergonhar quem gosta do Palmeiras – afirmou o presidente da TUP, Marcelo Lima.
Na Independente, uma das maiores preocupações do MP, o racha ficou explícito antes do clássico entre São Paulo e Palmeiras.
Cerca de 100 pessoas trocaram pedradas e bombas, próximas a uma das entradas do Morumbi. A ação da PM dispersou os grupos.
– Isso partiu de uma galera que foi expulsa, em razão da violência. Aqui não cabe mais caras de gangues de rua – colocou o presidente da Independente, Marcelo Buzi.
A Gaviões da Fiel cedeu nos últimos anos mais de 2 mil pessoas para a nova torcida Rua São Jorge. Tudo em virtude das divergências relativas ao carnaval e à violência.
– Temos 39 anos de história. Não colocaremos em risco a torcida por atitudes inconseqüentes de alguns – disse o presidente Hebert César.
A Rua São Jorge se reúne em bares próximos à Fazendinha. Mas nenhum integrante foi localizado para comentar o tema.